A revolução das letras
CAPÍTULO I
A ORDEM ALFABÉTICA (tanto fazia.
.
.
)
Desde pequenas que ensinavam às letras a Ordem Alfabética.
Quando elas perguntavam às
letras grandes porque é que os ás haviam de ser sempre os primeiros e os zés sempre os últimos,...
More
A revolução das letras
CAPÍTULO I
A ORDEM ALFABÉTICA (tanto fazia.
.
.
)
Desde pequenas que ensinavam às letras a Ordem Alfabética.
Quando elas perguntavam às
letras grandes porque é que os ás haviam de ser sempre os primeiros e os zés sempre os últimos, e
não outros (por exemplo, os pês os primeiros e os tês os últimos, ou os ésses, ou os jotas, ou
outros quaisquer), as letras grandes diziam-lhes que tanto fazia.
Na verdade, tanto fazia.
Mas o facto
é que os ás é que eram sempre os primeiros e os zês sempre os últimos.
.
.
CAPITULO II
AS CONTAS DAS LETRAS
Mas havia mais: havia duas espécies de letras, as vogais por um lado, que eram só cinco, e as
consoantes - a chamada «esmagadora maioria» - do outro lado.
As privilegiadas eram as vogais.
Na
palavra privilegiado, por exemplo (isto eram as contas que as letras faziam), só os is apareciam
três vezes e o a uma e o e e o o também uma cada um; e embora a palavra privilegiado tivesse na
sua Constituição seis vogais e outras seis cons
Less