A Carta para o Pai Natal
O Zeca não sabia se havia
ou não de acreditar no Pai Natal.
Às vezes falava dele ao tio
Arnaldo, com quem vivia desde
que a camioneta em que os pais
viajavam se tinha desfeito numa
ribanceira.
Mas este punha-se a
troçar....
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A Carta para o Pai Natal
O Zeca não sabia se havia
ou não de acreditar no Pai Natal.
Às vezes falava dele ao tio
Arnaldo, com quem vivia desde
que a camioneta em que os pais
viajavam se tinha desfeito numa
ribanceira.
Mas este punha-se a
troçar.
— Ó rapaz, eu sou guarda-nocturno e nunca o encontrei na
noite de Natal.
Cruzo-me com gente que vem das discotecas, vadios,
assaltantes capazes de roubar a carteira ao mais sabido.
Nunca
encontrei um sujeito a trepar aos telhados para dar prendas às
criancinhas.
No entanto, todos os amigos da escola falavam do generoso
velhinho de barbas e, quando voltavam de férias, nos primeiros dias
de Janeiro, vestiam roupa nova, traziam carrinhos sem amolgadelas,
desfolhavam livros de papel brilhante, cheios de ilustrações.
Tudo
ofertas do Pai Natal.
— Será que o maroto não gosta de mim? — perguntava o
miúdo, admirado por nada receber.
— Ele gosta de toda a gente que se porta bem — afiançavam
os colegas.
— Mas tu e
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