MUNICÍPIOS Santarém, sexta-feira, 27 de janeiro de 2017 25 Francisco Édson é poeta tapajônico ESPELHO EXAUSTO Sento-me à mesa Comprida e quieta Onde ainda Estão os talheres, As taças, os pratos - sinais do remoto banquete. E piso o tapete vetusto Que agora...
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MUNICÍPIOS Santarém, sexta-feira, 27 de janeiro de 2017 25 Francisco Édson é poeta tapajônico ESPELHO EXAUSTO Sento-me à mesa Comprida e quieta Onde ainda Estão os talheres, As taças, os pratos - sinais do remoto banquete. E piso o tapete vetusto Que agora repousa Na saliente Solicitude do abandono Sob a luz solene Dos ilustres corretos e fleumáticos, E fito os quadros imensos. - as testemunhas ignoradas do banquete Reproduzindo passados barões E ilustres membros da Imperial Ordem da Rosa. E encaro os espelhos exaustos, Perversos, Impolutos que guardaram em seu âmago Hermético.. A cumplicidade De tantos sorrisos adúlteros Tanto tilintar de taças, Tantos decotes Tantos gestos furtivos Sob casacas. Mas acima de tudo Sinto no atilado relógio A terrível e inexpugnável Melodia do tempo. Sempre existiram banquetes E talvez as figuras Que sorriram E discutiram e se cumprimentaram. Nesta noite tão passada e morta Amanhã sejam quadros Imotos observando Os banquetes futuros... “Devo ir a Belém t
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