Alentejo, 19 de novembro 1897
Minha doce donzela:
Foi há tão pouco tempo que a vi pela primeira vez, mas não consigo parar de pensar
em si… Arrependido estou, pois de si não cuidei.
Minha alma está negra, meu coração
destroçado, meus olhos ensanguentados...
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Alentejo, 19 de novembro 1897
Minha doce donzela:
Foi há tão pouco tempo que a vi pela primeira vez, mas não consigo parar de pensar
em si… Arrependido estou, pois de si não cuidei.
Minha alma está negra, meu coração
destroçado, meus olhos ensanguentados de tanta mágoa e sofrimento.
Entrando floresta dentro, nem queria acreditar! Incrédulo fiquei quando, para a
azinheira olhei e a minha doce e linda donzela já lá não se encontrava.
Justiça quero fazer, pois quem perde o que eu perdi só pode acabar aqui, onde tudo
começou.
Mas, de repente, algo me iluminou e me disse para não fazer tremenda violência e
não desistir da doce e amada, que tão bem me falou.
Como arrependido estou! Minha bela donzela… Já sem forças estou, para lhe poder
descrever tamanha dor.
Pouca fé me resta, mas mesmo assim, espero que seu coração
bondoso possa perdoar a minha insensatez…
Com todo o amor…
Cavaleiro
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