Também se morre de amor?
“Era Verão e as férias tinham começado há uma semana.
Como sempre, estava na Nazaré, na casa da minha avó.
Este
ano ia ser diferente.
Tinha feito 17 anos há poucos dias e,
finalmente, ia poder sair à noite com as minhas primas e...
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Também se morre de amor?
“Era Verão e as férias tinham começado há uma semana.
Como sempre, estava na Nazaré, na casa da minha avó.
Este
ano ia ser diferente.
Tinha feito 17 anos há poucos dias e,
finalmente, ia poder sair à noite com as minhas primas e os
amigos.
Na praia fazíamos as parvoíces do costume: jogar raquetas,
piscar os olhos aos rapazes, contar anedotas, comer gelados.
O Paulo era mesmo muito giro.
Tinha 19 anos e olhos verdes.
Sei lá porquê, foi a mim que escolheu e eu ia morrendo
derretida quando ele me perguntou ao ouvido: Queres namorar
comigo? Como nos filmes antigos e nas novelas…
Não era só uma paixão de Verão.
O Paulo dizia isso todos os
dias e, quando as férias acabaram e cada um voltou para sua
casa, escrevíamos, telefonávamos e, fim-de-semana sim,
fim-de-semana não, viajávamos 60 km para nos
encontrarmos.
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